23 de abril de 2010

Não quero falar

Não quero falar de coisas,
Não quero falar de nada.
Não quero pensar ou chorar,
Não quero sorrir ou e enganar.
Estou triste,
E é assim que quero me deixar ficar...
A minha volta, as pessoas indiferentes,
E o aroma insuportável da grande mágoa urbana.
- E tudo sempre tão igual –
As luzes dos apartamentos nos prédio a perder de vista...
Não iluminam mais que a névoa fina da manhã, a encobrir o sol...
E minha alma que carece luz, afeto, calor e vida,
Mantém-se inerte, no vazio sem fim...
No nada que corrói, que machuca...
Na necessidade de não ter necessidade alguma...
E o canto silencioso das almas todas deste mundo é um só:
Clamam todas por consolo à sua insignificância neste mundo.

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