4 de julho de 2014

Outro início (para Yasmin...)

Surgiu assim,
feito ninguém...
do meio do nada
e sem nada desejar

Alimentou-se dentro de mim...

Folgou seu tempo...
e tomou forma nua
do inconsciente do mundo
das profundezas do fundo...

Tomou pra si o que pôde

do gozo, do beijo e da cerne
da história, do gene e da pele
na astuta e matuta vontade infinita de ser...

Assim, despretensiosamente...

foi devagarzinho virando gente...
E, augustamente,
Formando mais um elo da corrente...

Essa que não se finda

quando um se vai
Que não se cala
quando um se esvai

Simplesmente assim

Sem início, nem meio, nem fim.

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