23 de abril de 2010

É assim...

Vi hoje a indiferença dos homens,
Uma velha e uma criança, ambos maltrapilhos, perguntavam à porta de uma loja por um endereço qualquer...
E era como se dissessem:
- Você pode me ver?
Mas as pessoas passavam, cegas...
Olhos vendados, almas vendadas...
Passavam apressadas, como quem vai perdido, sem rumo.
Perdidas na própria indiferença...
E a velha pôs-se a caminho lamentando:
- Eles nem respondem, nem olham...
Como se não olhar diminuísse nossa culpa.
Como se olhar e responder fosse suficiente.
Era preciso mesmo é que aquela criança não fosse a velha de amanhã...
E assim são as relações humanas...
Tão indiferentes, egoístas...

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