21 de julho de 2008

Às vezes


De vez em quando olho o céu,
Aqui da minha varanda,
Ou de qualquer outro lugar,
E é tão bom...

De vez em sempre somos tão cegos.

Às vezes penso,
Mas há tanto a se pensar (?)
E penso que pensar não leva a lugar nenhum...

De vez em sempre somos tão cegos.

Às vezes durmo, depois acordo.
Às vezes caio, depois levanto.
De vez em quando sonho,
Mas parece que nunca realizo...

De vez em sempre somos tão cegos.

Às vezes sinto...
Sinto aromas, cantos, sol, cores
Sinto verde, céu, mar, flores
São momentos...

O resto do tempo, não sei...
São luzes, barulhos, asfalto, paredes e pedras.
Também algum frio ou calor,
Mas já não sinto...

De vez em sempre somos tão cegos.

Outras vezes fico quieta, parada, em silêncio...
Feito concha na areia me movimento sem sair do lugar...
Procuro não pensar, não sentir...
E então: não sei!
Mas é lindo!

Às vezes sento aqui e escrevo...
Depois leio e guardo.

Um comentário:

Camilla Tebet disse...

E a gente lê também. Concordo com vc, às vezes somos tão cegos. Mas será que devagar, devagar não vamos recobrando a visão??? O duro é o susto de olhos bem abertos....