18 de fevereiro de 2013

Adoro Ribeirão



Foto de Ribeirão Preto no final de 1960 início de 1970 Autor: Francisco AmêndolaFoto de Ribeirão Preto no final de 1960 início de 1970 Autor: Francisco Amêndola
Foto do artista plástico Francisco Amêndola (também natural de Ibitinga), da Ribeirão Preto de outrora...

Ribeirão Preto é uma cidade fantástica. Magnética, atrai para si uma energia produtiva que pouco se vê por ai. Há algo neste solo e, principalmente, nas pessoas que vivem nesta selva de pedra que cativa intensamente. 
Para quem nasceu na cidade talvez não seja tão nítida essa sensação, mas para mim, que por duas vezes recebi o “chamado” de Ribeirão Preto isso é claro. 
Aos 20 anos estive aqui de passagem, iniciando os estudos de jornalismo, mas o destino não quis que eu ficasse. A impressão desses dois anos vividos numa cidade tão atraente, principalmente para a juventude, no entanto, já havia se arraigado em mim e, depois de formada, acabei retornando. 
Desde então, lá se vão nove anos galgando este chão. Trabalhei, sofri, sorri, amei, casei, pari... E ainda há muito porvir. 
Os dias vão passando rápidos, a vida adentrando seu destino e eu aqui, assistindo minha querida Ribeirão mudar. 
Entre 1997 e 1998, quando voltava aos domingos à noite da cidade natal pela SP 333 e avistava as luzes de Ribeirão Preto ao longe, meu coração disparava. Sabe aquela sensação de formigamento e cócega, misturada com ansiedade, que a gente sente no peito quando está prestes a reencontrar a pessoa amada depois de dias distante? Pois é... Uma sensação de alegria e de regresso tomava conta de mim naquele tempo. 
Passados os anos aqui - os melhores da juventude e o início da vida adulta -, a sensação de avistar Ribeirão Preto surgir enorme no horizonte ainda constitui uma emoção muito forte.
A estrada se modificou, a cidade também, mas a alegria do “pertencimento” a este solo generoso se sustenta em mim. 
E creio que este seja um sentimento comum a todos os “ribeiraopretanos de coração” como eu. Além dele, a gratidão. 
A gente, que vem de longe ou de pertinho mesmo, sabe bem como é andar por estas ruas e se sentir em casa. Sabe como cada canto da cidade nos afeta, concentrando em si memórias que jamais serão apagadas. 
Dividimos dentro de nós as emoções de quem fomos e de quem somos em Ribeirão Preto. As ilusões, os sonhos, as frustrações e as realizações... Aqui toda dor e todo mérito não são por si só, mas por Ribeirão Preto, essa cidade mágica que nos recolhe ainda sementes, nos acolhe em seu seio farto e nos projeta para a vida frutificados... Para alimentar o próximo.
Acho que Ribeirão Preto negligencia seu potencial de cativar as pessoas...
13 de Junho de 2011

Nenhum comentário: